Conto Primeiro - Parte 3



(...)

Caminharam por cerca de algumas horas; E até o momento tirando a diferença de tamanho que eram as árvores de outra floresta, pelo menos as que todos eles haviam conhecido um dia, quando resolveram se aventurar no estado do Amazonas, e foram juntos com outros guias e outras pessoas passarem um longo período junto de alguns índios predominantes do estado que vivem bem a dentro da Floresta Amazônica.
Foi uma aventura realmente fantástica para todos eles. Na realidade a aventura começava sempre que eles chegavam em um local novo, uma cultura diferente, uma língua diferente. Pelo menos era sempre assim que Fabrício descrevia. (Ta vendo prego, seu texto foi de valia). Mas a sensação que tiveram quando ficaram aquele período vivendo com os índios, subitamente imerso dentro daquela floresta, sem sinal de nada. Vivendo a merce do que eles caçavam, da forma como viviam, comiam, dormiam, festejavam. Foi incrível. 
Mas voltando a nova aventura dos mochileiros, aquilo ali estava sendo muito estranho. 

- Ah não aguento mais caminhar, meu pés estão pedindo por socorro a algum tempo. Vamos parar um pouco, pelo menos para descansar? - Lizie disse, já se esbarrando em um trono de uma árvore.

- Eu acho uma boa idéia, apesar de que estou morto de sede. E minha garrafa de água não tem nem mais sombra da que tinha aqui. - João pronunciou de forma pensativa, imaginando o que fariam para encontrar água. Isso é, existia água naquele local? Porque só se viam mata e verdes e mais verdes por onde andaram. 
E estranhamente nenhum barulho de animal ou alguma coisa rasteira não tiveram o prazer de encontrar.

Fabrício como sempre sagas por tudo que era novo, resolveu não parar por ali. E então disse, parando a frente dos outros dois com a mão sobre a testa olhando para cima. 

- Bem já que vocês estão cansados, vou aproveitar e dar uma vasculhada ao redor. Não vou muito longe, mas vocês precisam me esperar aqui. Até porque eu também estou morrendo de sede e precisamos achar um lugar que tenha água. - E então ele e João se entreolharam e aquele gesto fez com que tivesse a sensação de que João havia pensado a mesma coisa que ele. - Isso se houver água aqui. Um lugar muito estranho. 

- Ok então, só não se esquece de nós se encontrar alguma coisa. - A Lizie disse com ar de sarcasmo. - Ainda não esqueci do bolo de chocolate que você encontrou dentro da geladeira do Hostel em Bora Bora no Taiti e comeu tudo sem nos deixar nada, quer dizer, deixou sim, a inveja. 

Todos riram lembrando da situação.

- Ah mas não tenho culpa cara, estávamos sem comer uma comida boa mesmo por alguns dias. E quando vi aquele pedaço, ops, pedaço não, aquela forma de mal caminho, moreninha, ali na geladeira toda recheada, naquele fim de mundo, que mesmo sendo fim de mundo, era um paraíso, estava demais para mim. Não aguentava mais comer frutas. - Fabricio disse como se sentisse até o gosto do bolo de chocolate na boca naquele momento.

- Mas mesmo assim, você deveria ter lembrado de nós. Até parece que era só você que não aguentava mais comer só frutas. Todos nós já estávamos virando "Frutíferos" devido a isso. Me sentia até um manga já, de tão amarela que estava. - A Lizie falou já enojando só pensar em comer um manga novamente. Ela já pensava que manga nunca mais faria parte do cardápio dela por um longo tempo.

- Gente vocês já pararam para pensar que nós discutimos tanto, e mesmo assim nós damos muito bem. Nunca vi um trio tão unido como nós, ainda mais por tanto tempo longe de casa. - O joão falou.

- Ihhh lá vai começar o momento Nostalgia de novo. - Fabricio falou já se encaminhando para qualquer outro lugar fora daquele caminho. - Deixa eu ir atrás de alguma coisa para nós, porque se ficarmos aqui lembrando do passado, ai sim que ficaremos de boca seca. 

- Mas é sério o que digo; Se eu morrer aqui, vou morrer feliz, por ter conhecido pessoas como vocês e por ter me divertido tanto. - Com a mão no peito João começou a encenar que estava desfalecendo, logo que deixou seu corpo cair no chão, deixando somente um braço escorrido ao seu lado de forma aberta, abriu os olhos e disse: vocês estão escutando o mesmo que eu estou ouvindo ou já é loucura minha mesmo?

Todos em um movimento só, olharam para trás e em um uníssono disseram: Corram!!!

(......continua....)

Nenhum comentário

Postar um comentário

Obrigada!
Seu comentário me faz feliz (:

 

Memory Nina Copyright © 2013 Layout por Mayara Sousa