Conto Primeiro: Parte 1.





O local era totalmente diferente. O ar era inebriante. E tudo ali não parecia ser real. Como em um livro de aventuras, onde um portão do tempo se abre a frente de você e te engole em um rumo totalmente desconhecido e novo. A obscuridade daquele canal era de dar tremor nos nervos daqueles aventureiros que estavam perambulando pelo mundo a cerca de 5 anos, mas a curiosidade de saber o que se tinha a frente era maior dentro de suas veias.
Lizie, João e Fabrício foram engolidos por essa porta do tempo quando estavam percorrendo as dunas egípcias. De início acharam que fosse uma miragem, devido ao sol escaldante. Resolveram seguir a frente, e ao se aproximar, não tiveram tempo nem de respirar, foram engolidos.

Lizie gritava: - Eu não quero morrer, não quero morrer agora. Eu ainda não conheci uma Múmia Egípcia.

Lizie era a mais sonhadora do trio. Os meninos sempre diziam que ela vivia no mundo da lua. E além disso, deixava-se enganar muito fácil pelos outros aventureiros; Sempre faziam ela pagar alguma coisa para eles. Ela sempre dizia: Ah, mas eu fiquei com dó. 

Já João que gritava também pensava diferente: - Eu também não quero morrer, mas não porque não conheci uma Múmia Egípcia, mas porque não quero morrer mesmo. E não encontrei minha Alma Gêmea ainda! Ahhhhhhhhhhh! 

Fabrício o mais mala de todos, sempre se achava o dono da verdade e o que sempre sabia o caminho correto a seguir em frente. Sabia muito bem persuadir o que estavam ao redor a fazerem o que ele queria e neste momento de medo no transcorrer daquele buraco que parecia não ter fim, ele perdeu sua persuasão e só pensava: - Mas que Merda, onde isso vai parar! 

Neste momento eles caíram sobre uma penumbra de cor amarelada, macia. Parecia até uma grama, mas com certeza se fosse grama, teriam dado o corpo ao chão e teriam quebrado alguma coisa ou até morrido. E não foi assim, foi como se essa penumbra parecesse um tipo de colchão de molas ou colchão D´Água. Caíram ali, e pela velocidade e o peso dos corpos na queda, eles aprofundaram aquele tipo de superfície e logo foram jogados para cima, e para surpresa deles, aquele tipo de superfície se tornou novamente dura, perdendo a elasticidade. 
Foi então que perceberam que não haviam morrido. O primeiro a se levantar foi Fabrício, que ficou totalmente absorto; - Aonde é que nos fomos parar? Que lugar estranho é esse? Que lugar é este cara? - Fabrício disse exclamando espanto.

João por sua vez havia levantado somente seu tórax e permaneceu sentado ao chão, passando a mão por uma plantinha que parecia ter a mesma textura que aquele chão, coberto pela penumbra amarelada, e achou aquilo muito engraçado, porque ao passar a mão por aquela planta ela emanava um tipo de som engraçado, como se fossem risos.
- Será que estou sonhando? - João disse ao apertar a plantinha; - É realmente to sonhando, onde já se viu, plantar sorrir? 

Já Lizie continuava deitada com os olhos bem fechados, e dizia mentalmente. - Eu não quero morrer, não quero morrer, não quero morrer ...

Como João e Fabrício estavam admirados por aquele estranho lugar onde foram levados, acabaram esquecendo de que não haviam ouvido nenhum rumor de Lizie.

João pronunciou em voz alta para Fabrício: Cadê a Lizie? Não estou vendo ela. - ao perguntar isso ele se levantou e começou a procura-la.

- Eu estou vendo ela, esta há alguns metros de mim. Esta deitada ainda, será que...? - Fabrício disse e já cortou logo o pensamento de medo que lhe passava em mente.

Os dois se foram então na direção de Lizie; quando chegaram lá, João ajoelhou-se ao lado de Lizie e passou a mão sobre seu ombro perguntando: - Lizie você esta viva? 

- É claro que ela esta viva, não esta vendo que esta respirando, olha a barriga dela? - Fabrício exclamou apontando para a barriga em movimento dela devido a respiração ligeira.

Foi então que Lizie resolveu abrir os olhos; E vendo aqueles dois "mongoloides" (era assim que ela os chamavam) com as cabeças inclinada acima dela, com a face demonstrando preocupação e tampando o céu que estava com um brilho que se parecia com o brilho de jóias de tão lindo.
Já se levantou dizendo: - Eu não morri; Mas é claro que não morri. Não seria justo comigo morrer e acordar em outra dimensão com vocês juntos de mim. Seria muita cruz para se aguentar.

- Ta vendo, além de bem viva, esta com a imaginação mais aflorada do que nunca - Fabrício pronunciou sarcástico se retirando do lugar.

Mesmo sorrindo com aquela situação que digamos ocorria sempre, João não sabia se dava atenção ao sarcasmo de Fabrício ou ajudava Lizie,  mas resolveu então deixar o Prego do Fabrício para lá e perguntar: - Lizie você esta bem? Se machucou?

(Continua ......................) 

xX Nina

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